"... há uma grande diferença entre a imagem dos Soviéticos quanto ao seu
cinema (popular) e a imagem forjada pelos Ocidentais (cinema de autor
exigente): nos festivais estrangeiros, é dada importância aos que têm
diferendos com a censura, dada a degradação da imagem da URSS; o cinema
russo contemporâneo continua a sofrer com esta dualidade."
Mikhalkov
Desde o dia 16 de maio está ocorrendo o Festival de Cannes. E, como sabemos, ele será a grande vitrine para a nova produção de Walter Salles, a sua adaptação de "On The Road", de Jack Kerouac. Aliás, diga-se de passagem que esta adaptação era um velho sonho do Coppola, que hoje é o co-produtor da direção de Salles. Além disso, no que diz respeito ao cinema brasileiro, é importante destacar que o Festival deste ano convidou ninguém menos que Carlos Diegues para ser o presidente do Júri da Câmera de Ouro.
Mas o importante para nós aqui é tratar de cinema russo. Embora afastado nestas últimas semanas, a pequisa sobre o tema continuou ativa. Não é fácil acompanhar o ritmo de uma produção teatral. Ainda mais quando a Companhia é composta por gente tão fecunda como esta Cia Teatro da Cidade: acabamos sendo bobardeados por muitos estímulos a cada semana que passa! Enfim, enquanto eu lia sobre o Festival de Cannes, acabei encontrando um inestimável artigo sobre a história do cinema russo elaborado por ninguém menos que Nikita Mikhalkov, o diretor de "Ana, dos 6 aos 18" e, além disso, um dos últimos remanescentes dos grandes tempos do cinema soviético.
Abraços fortes,
Fábio Monteiro
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